Moda inclusiva não significa apenas produzir roupas para pessoas com deficiência, mas criar soluções de acessibilidade, primando pelo conforto e estilo – uma missão para estilistas e designers, que precisam ouvir e dialogar com o público-alvo para entender suas expectativas, desejos e necessidades, adaptando peças para um uso prático, confortável e inteligente, tanto para a pessoa deficiente como para quem está eventualmente cuidando dessa pessoa.
Assim, podemos pensar em aplicar entretelas de reforço em áreas sensíveis, usar elásticos largos e reforçados em cós de calças e saias, elásticos modeladores em cintas e suportes. Fechos de contato (conhecidos como "velcro"), podem ser aplicados para abrir e fechar casacos, calças, calçados e bolsas. Também se recomenda o uso de fios e linhas resistentes, como a linha de costura do tipo nucleada (núcleo de poliéster contínuo revestido de poliéster ou algodão fiado) para confecção em geral, fio de helanca para roupas flexíveis de alta resistência e linha de poliamida, que costura todo tipo de equipamento ou acessório para PCD.
Outro exemplo poderoso é o zíper, que além de funcional é peça decorativa importante no design. Pensando em PCD, é importante que o zíper deslize suavemente para os dois lados, acionado por apenas uma das mãos. E há também os zíperes invisíveis, que funcionam como abridor de costuras, frontais ou laterais, facilitando o por-e-tirar da roupa sem comprometer o design, o que dá mais possibilidades para a moda se tornar verdadeiramente inclusiva.
Muitas vezes, segurar a pessoa com deficiência pela roupa que ela está vestindo pode fazer grande diferença e até mesmo salvar sua vida. Por isso, sempre, a importância da qualidade dos aviamentos em toda produção é uma escolha inteligente para realizar uma moda confortável, segura e acessível.